Países que falam português

 


 
 

Vivemos numa atual supremacia da língua inglesa. De tão utilizada e tão comum no mundo, o inglês é considerado por muitos uma língua universal, mas isso não significa que ela é a única que possui uma abrangência assombrosa. O português, por exemplo, é a quinta língua mais falada do mundo, atrás apenas do inglês, do chinês, do russo e do castelhano.

Países que falam português

Estima-se que existam no mundo cerca de 250 milhões de pessoas que falam português, sendo que o Brasil comporta aproximadamente 80% dessa população, ficando então distribuídos entre os outros países falantes do português mais de 50 milhões de pessoas.

Ultrapassando fronteiras

Brasil é o representante da língua portuguesa nas Américas, pois ele é o único país que a adota como oficial. No entanto, o português falado no nosso país se difere um pouco do falado nas outras partes do mundo. O português brasileiro sofreu grande influência das línguas indígenas, africanas e europeias durante o período de colonização.

Na Europa é Portugal que representa o português oficialmente. Porém há muitos falantes de português na Alemanha, na Bélgica, na Suécia e na França. Isso porque com a entrada de Portugal na Comunidade Econômica Europeia, CEE, o português tornou-se um dos idiomas oficiais da organização.

No Timor Leste, país localizado na Oceania, o português também é comum, mas é um dialeto, o tetum, a língua mais utilizada.

Na África o português é a língua oficial de cinco países: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Em todos eles o português é usado nas escolas, nas empresas e nas relações internacionais normalmente, apesar de no dia-a-dia muitos se comunicarem por meio de dialetos crioulos.

Na Ásia não há países que usem  português como língua oficial embora seja possível encontrar muitos lugares onde a língua permaneça de forma vestigial do tempo em que o português era a língua falada nos portos da Índia e do sudeste da Ásia.

Não oficiais

Muitas localidades usam o português, mas não o tem como língua oficial. Este é o caso de Goa, o único lugar na Índia onde o português é falado em sua forma original, de Zanzibar, na Tanzânia e Málaca, na Malásia.

Em alguns lugares como Macau, na China, Damão e Diu, na Índia e Sri Lanka, na Malásia, fala-se o crioulo, uma língua derivada do português, que possui o vocabulário igual, mas a gramática diferente da nossa.

 
 

 

A origem de 10 expressões da Língua Portuguesa!!

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1. Bom Samaritano 

A expressão “bom samaritano” veio de uma passagem da Bíblia, em Lucas 10:25-37, em que um homem, que se diz muito entendido nas leis de Deus, pergunta a Jesus o que é preciso fazer para entrar no Reino dos Céus. Então, Jesus conta uma parábola sobre um homem que seguia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de ladrões. Os bandidos roubaram suas roupas e bateram tanto no coitado que ele quase morreu. Um padre passava pela estrada e, ao ver o homem, desviou do caminho. Um levita, que vinha pelo mesmo lugar, mudou de direção. Até que apareceu um samaritano, que ficou com pena do homem. Ele fez curativos em suas feridas com óleo e vinho. Depois, colocou o pobre em seu burrico, levou-o para uma pousada e lá cuidou dele. Para Jesus, quem ajuda seu vizinho teria passaporte garantido para o céu. Naquela época, os samaritanos não eram vistos com bons olhos pelos judeus, pois formavam um grupo dissidente da comunidade judaica, que incluía rituais pagãos em sua prática religiosa. Na verdade, Jesus queria mostrar que deveríamos considerar todos como nossos “vizinhos” e ajudá-los, deixando as diferenças de lado.

2. Conto-do-Vigário
Uma imagem de Nossa Senhora dos Passos doada pelos espanhóis à cidade de Ouro Preto (MG) originou uma disputa entre os vigários de duas igrejas, a de Nossa Senhora do Pilar e a de Nossa Senhora da Conceição. Para resolver o impasse, o vigário de Pilar sugeriu que a imagem fosse colocada em cima de um burro no meio do caminho entre as duas igrejas. O rumo que o animal tomasse decidiria com quem ficaria a imagem. Quando foi solto, o burro imediatamente se dirigiu à igreja de Pilar. Mais tarde, soube-se que ele pertencia ao vigário de lá.

3. Rasgar a seda
A expressão, que significa fazer um elogio exagerado, é originária de uma das comédias do dramaturgo Luís Carlos Martins Pena (1815-1848), o fundador do teatro de costumes no Brasil. Em uma cena, um vendedor de tecidos tenta cortejar uma moça bonita e, como pretexto, oferece alguns cortes de fazenda a ela, “apenas pelo prazer de ser humilde escravo de uma pessoa tão bela”. A garota entende o recado e responde: “Não rasgue a seda, que esfiapa-se”.

4. Frango a passarinho
De acordo com José Carlos Machado, gerente do restaurante São Judas Tadeu, em São Bernardo do Campo, que serve o prato desde 1949, o frango é chamado assim porque é cortado em pedaços menores, 22 para ser mais exato. “Os pedaços pequenos acabam por assemelhar o frango a um passarinho, daí o nome”, afirma Machado. O frango a alho e óleo, por exemplo, é cortado apenas nas juntas e rende 14 pedaços.

5. Pagar o mico
De acordo com o dicionário Houaiss, a expressão, que significa “passar por um vexame”, é originária do jogo do mico. Cada jogador usa as cartas que retira do monte para formar casais de animais e quem fica com a carta do mico preto, que não tem par, perde a partida. O perdedor tem que sofrer algum tipo de castigo, como passar por uma situação embaraçosa, e “paga o mico”.

6. Chato de galocha
Infelizmente, os chatos continuam a existir, ao contrário do acessório que deu origem a essa expressão. A galocha era um tipo de calçado de borracha colocado por cima dos sapatos para reforçá-los e protegê-los da chuva e da lama. “Por isso, há uma hipótese de que a expressão tenha vindo da habilidade de reforçar o calçado. Ou seja, o ’chato de galocha’ seria um chato resistente e insistente”, explica Valter Kehdi, professor de Língua Portuguesa e Filologia da Universidade de São Paulo. De acordo com Kehdi, há ainda a expressão “chato de botas”, calçados também resistentes, o que reafirma a idéia do chato “reforçado”.

7. A preço de banana
A antiga expressão é usada para designar os artigos mais baratos do mercado. Surgiu na época do descobrimento do Brasil. Os portugueses fizeram bom proveito dos frutos das bananeiras, árvores tropicais que cresciam nos pomares e fazendas naturalmente, sem que ninguém tivesse que plantá-las. Por causa da grande oferta, o preço da banana no Brasil colonial era muito baixo. Foi por isso que a fruta acabou virando sinônimo de produto barato.

8. Presente de grego
A expressão, que significa dádiva ou oferta que traz prejuízo ou aborrecimento a quem a recebe, surgiu em decorrência da Guerra de Tróia. A lendária história é narrada no livro Ilíada, do poeta Homero, que cobre o final de uma disputa de 10 anos (1250 a.C. – 1240 a.C.) entre a Grécia e Tróia cujo principal estopim foi o rapto de Helena, mulher do rei de Esparta Menelau, por Páris, filho do rei troiano Príamo. Para resgatar sua esposa, o monarca pede ajuda a seu irmão Agamenon, rei de Micenas. Ele envia um enorme exército à Ásia Menor, onde montam um cerco ao redor das muralhas da cidade inimiga. O conflito só termina graças a um plano de Ulisses, rei da ilha de Ítaca. Ele ordena que as tropas finjam deixar o local da batalha e deixem à porta dos muros fortificados um imenso cavalo de madeira. Os troianos acreditam se tratar de um presente e, felizes, o colocam para dentro. À noite, os soldados gregos que estavam escondidos no cavalo saem e abrem as portas da fortaleza para a invasão. Tróia é arrasada; seus líderes, mortos; e Helena, levada de volta a seu país.

9. Vara judicial
A expressão surgiu por causa de uma prática comum na Roma antiga. Na época, os juízes usavam varas para sinalizar que eram homens poderosos e para distinguir os letrados dos leigos. Os primeiros usavam varas brancas e os segundos, vermelha. Esse costume foi trazido para o Brasil pelos colonizadores portugueses. Quando alguém se recusava a atender uma convocação judicial, os juízes ameaçavam os “rebeldes” com seus bastões. Foi por causa disso que apareceu também as expressões “conduzido debaixo de vara” e “corrido à vara”, ambas com o significado de “perseguido pela justiça”. Vara judicial, por sua vez, ficou consagrada como “área judicial onde o juiz de primeira instância exerce seu poder”.

10. Homem não chora
Na verdade, a expressão veio de uma regra de sobrevivência dos homens esquimós. É deles a responsabilidade de enfrentar o frio rigoroso. Para encarar as baixas temperaturas, eles tomam alguns cuidados como evitar correr. O suor poderia congelar e, conseqüentemente, lhes causar hipotermia. O mesmo princípio se aplica ao choro. As lágrimas congeladas poderiam obstruir os canais dos olhos e prejudicar permanentemente a visão. Por isso, os esquimós ensinam a seus filhos: “homem não chora”.

Fonte:http://guiadoscuriosos.com.br/categorias/503/1/o-guia-dos-curiosos-lingua-portuguesa.html

Por que existem vários jeitos de escrever “por quê”?

Na maioria dos idiomas, é mole diferenciar: em inglês, pergunta-se com why e responde-se com because, enquanto os franceses contrapõem um pourquois com parce que. Mas, como os portugueses teimaram em usar o mesmo termo para as duas funções, os gramáticos precisaram usar a imaginação.

No latim clássico, havia duas palavras: quare para perguntar e quia para responder. Mas em português prevaleceu a expressão do latim vulgar, pro quid, que passou a exercer dupla jornada em perguntas e respostas. “Para diferenciar, alguém teve a ideia de escrever um junto e o outro separado”, explica Caetano Galindo, linguista da Universidade Federal do Paraná. Os registros mais antigos dessa distinção são do século 13, mas em 1500 Pero Vaz de Caminha ainda se atrapalhava na Carta do Descobrimento.

Para complicar, em 1931 surgiram no Brasil mais duas regras: o “que” ganhou circunflexo quando é tônico (antes de pontuação) e o “porque” substantivo virou “porquê”. No dia a dia, porém, simplificamos tudo radicalmente: do bilhete à internet, só existe um “pq”. Perguntas e respostas Na fala, 1 só, mas, na escrita, 4. Conheça os porquês e seus usos

  • Por que essa cara?

Ele não é separado e sem acento só quando introduz perguntas mas também quando substitui “qual motivo” e “qual razão”, como em “eu não sei por que você saiu”.

  • Porque a coisa não está fácil.

É o das respostas, junto e sem acento. Também surge quando pode ser substituído por “pois”: “saí porque estava atrasado”.

  • Mas por quê?

É acentuado quando o “que” é tônico. Isso fica mais evidente antes de um sinal de pontuação, como “você saiu por quê?”

  • Perguntas demais! Esse é o porquê.

É o substantivo, que pode ser substituído por “o motivo”, “a razão”. Também usado se for possível colocar “o” ou “um” na frente dele: “quero saber o porquê da sua saída”.

Fonte: super.abril.com.br